A Medicina das Funções é um desdobramento da Medicina Vibracional (reconhecida pela OMS) em cujo tratamento se enquadra a terapêutica de ingestão de microminerais sob a forma de altas diluições, que agem através da nutrição celular na dimensão bioenergética do indivíduo.
A Medicina Funcional tem suas bases nos trabalhos de Gabriel Bertrand e de Jacques Menétriér, iniciados no final do Século XIX e nas primeiras décadas do século XX.
Gabriel Bertrand, do Instituto Pasteur de Paris, demonstrou a importância dos microminerais que, encontrados em ínfimas quantidades em organismos vivos tinham papel fundamental como biocatalisadores das reações enzimáticas. Esses minerais receberam o nome de oligoelementos por Jacques Menétriér .
Os oligoelementos favorecem a troca metabólica permitindo ao organismo manter-se equilibrado.
Jacques Menétriér desenvolveu a Tese das Diáteses em 1932, comprovando que o uso clínico dos microelementos ou oligoelementos corrige o terreno biológico dos pacientes, impedindo o aparecimento de doenças em sua forma lesional.
A “Medicina das Funções”, propõe tratar o paciente num estado entre a saúde e a doença, ou seja, no nível funcional.
Terreno biológico compreende o fator endógeno dos desequilíbrios do organismo e cada estado apresenta condição para a manifestação das doenças.
Uma diátese corresponde a um “Tipo” – é um conjunto de características que definem um perfil biológico, levando em consideração os aspectos físicos, intelectuais e psicológicos do indivíduo.
Diátese I
Alérgica ou Artrítica
Predomina nos jovens e adolescentes. Os fenômenos patológicos são agudos mas raramente graves. Costuma evoluir com mais frequência para a diátese III (distônica).
Há um excesso de reações tanto comportamentais como sintomáticas.
Sinais comportamentais da Diátese I
Cansaço matinal – Hiperatividade para o fim do dia – Fadiga que desaparece com o esforço – Má memória episódica – Muito enérgico – Optimista – Nervoso – Colérico – Impulsivo
Semiologias da Diátese I
Alérgica: Eczemas, Urticária de repetição, Asma alérgica, Sinusite alérgica
Cardiovascular : Précordialgias, Taquicardia emocional, Hipotensão
Digestiva : Náuseas, Digestões lentas, Vómitos, Colite
Endócrina : Disfunção tiroideia (hiper)
Urogenital : Dismenorreia, Urina ácida
Faneras : Unhas quebradiças, Queda de cabelo, Artrite dentária
Reumatológica : Dores reflexas, Artrites agudas não deformantes, Ciática, Lombalgias
Riscos de evolução patológica da Diátese I
- Hipotensão arterial (acima dos cinquenta anos)
- Artrites crónicas
- Litíase vesicular e renal
- Asma crónica
- Eczemas
- Doença de Basedow
- Fibromioma tumoral ou hemorrágico
Diátese II
Hiposténica ou Artro-Tuberculosa
Caracteriza-se por hipotonia. Este terreno aproxima-se do Tuberculinismo dos homeopatas.
Encontra-se com frequência nas famílias cujos parentes (pais ou avós) sofrem ou sofreram de problemas respiratórios e de estados hiposténicos.
Sinais comportamentais da Diátese II
Fadiga progressiva por falta de resistência – Fatigável com o esforço – Má memória por falta de resistência – Medianamente enérgico – Moral irregular com indiferença – Tendência á reflexão – Calmo – Cauteloso – Sono muito bom.
Semiologias da Diátese II
Respiratória : Rinites, Faringites, Laringites,Traqueítes, Bronquites, Sinusites
Linfática : Adenites
Sistema Digestivo : Perturb. duodenais, Enterocolite, Alternância de Diarreia e Obstipação
Urogenital : Cistites ligeiras reincidentes, Dismenorreias
Endócrina : Hipotireoidismo
Reticulo-Endotelial : Anemia com Leucopenia
Osteo-Articular : Atraso na ossificação, Laxidez ligamentar
Pele : Prurido, Eritemas polimorfos, Acne, Psoríase
Riscos de evolução patológica da Diátese II
- Tuberculose em todas as suas formas
- Reumatismos crónicos deformantes
- Asma crónica
- Bronquite crónica
- Colite crónica esquerda
- Ulcera duodenal
Diátese III
Distónica ou Neuro-artrítica
Esta diátese aparece normalmente no adulto, raramente é constitucional. Geralmente é a evolução da Diátese I (Diátese Alérgica não tratada).
É um sinal de alarme para o terapeuta, pois a instalação de disfunções orgânicas de degenerescência não estão longe.
Sinais comportamentais da Diátese III
Fadiga de manhã, voltando ao fim da tarde – Má memória que se acentua progressivamente – Ligeiro pessimismo com ansiedade – Sono mau com ansiedade.
Semiologias da Diátese III
Neurovegetativa: Espasmos epigástricos, Inchaço das extremidades, Hemicranianas difusas
Circulatória : Hemorroidas, Pernas pesadas, Edemas dos membros inferiores, Varizes, Precordialgias
Digestivos : Aerofagia, Dispepsia, Gastrite, Colite espasmódica direita
Osteo-Articular : Algo-Neuro-Distrofias, Artrose, Estados gotosos
Pele : Urticária crónica, Eczema crónico, Líquen
Uro-Genitais : Oliguria, Uremia, Menopausa
Sinais Biológicos de Análise da Diátese III
- Aumento da taxa de Ureia
- Aumento da constante de Ambard
- Alcalose
- Anemia em alguns casos
Riscos de evolução patológica da Diátese III
- Trombose
- Enfarte do miocárdio
- Arterite
- Aortite
- Ulceras Gastro-Duodenais
- Artrose deformante, dolorosa, evolutiva
- Uremia
- Estados cancerosos
Diátese IV
Anérgica
Esta diátese nunca é constitucional. Geralmente é uma evolução das diáteses precedentes e, normalmente muito grave.
Aparece brutalmente após medicação prolongada e mal tolerada, principalmente nos tratamentos com antibióticos e em acidentes ou choques morais repetidos.
Sinais comportamentais da Diátese IV
Fadiga permanente – Má memória – Desconcentração – Falta de energia – Pessimismo com depressão – Apático e confuso – Sono mau com pesadelos .
Semiologias da Diátese IV
Infecciosa : Infecções de repetição, Otites, Anginas,Cistites, Febre inexplicável
Osteo-Articulares : Reumatismo evolutivo, Osteomielites
Pele : Furúnculos de repetição, Acne, Antraz
Sinais Biológicos de Análise da Diátese IV
- A V.S. pode estar aumentada
- Perturbações no hemograma
- Alcalinidade aumentada
- Fator rH aumentado
Riscos de evolução patológica da Diátese IV
- Anergia total
- Sistema imunológico em disfunção
- Tuberculose local ou geral
- Reumatismos crónicos graves
- Poliartrite evolutiva
- Rectocolite hemorrágica
- Leucemia
- Estados cancerosos
- Senescência precoce e irreversível
Diátese V
Síndrome de Desadaptação
Não é propriamente uma Diátese (apesar de alguns autores considerarem o Síndrome de Desadaptação como Diátese V) mas sim uma modalidade “reacional” ao agravamento dos sintomas de uma das Diáteses anteriores.
Este Síndrome joga de maneira prioritária com o Sistema Endócrino e em particular com o Hipofiso-Suprarenal.
Sinais Comportamentais da Diátese V
Quebra súbita de energia – Moral irregular com indiferença – Alternância de carácter – Sonolência – Distúrbios genitais e endócrinos.
Semiologias da Diátese V
Disfunções Endócrinas:
- Hipófise-Genital Distúrbios menstruais, Menopausa
- Hipofiso-Suprarenal Com Impotência, Com Frigidez
- Hipófise-Pancreático Hipoglicémia, Distúrbios digestivos
- Síndrome prostático
Riscos de evolução patológica da Diátese V
Não são específicos, pois dependem de Diáteses anteriores, podem no entanto incluir-se nesta categoria os:
- Síndromes adiposo-genitais
-
As Prostatites crónicas
-
O Mongolismo
Gratidão,
Márcia Cristina
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